Quem somos nós?

Ananda Barata: Estudante de Moda
Laís Lepper: Estudante de Moda

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Era Eduardiana

A Era Eduardiana (1901–1913)

Na Inglaterra, em 1901, Eduardo VII, filho da Rainha Vitória, torna-se rei dando início à Era Eduardiana. Tempo em que a França vivia uma época de efervescência cultural conhecida por Belle Époque. Ou seja, Era Eduardiana e Belle Époque foram modas contemporâneas e bastante semelhantes, no entanto, uma aconteceu na França e a outra na Inglaterra, os dois pólos lançadores das modas copiadas pelos países do ocidente.
Eduardo VII é conhecido por suas inúmeras amantes, extravagâncias e excessos, o oposto do recato e moralidade de sua mãe. Seu reinado foi uma época de ostentação e extravagância.


Moda Feminina

O rei gostava de mulheres maduras e dominadoras com busto pesado. Então, surge a silhueta em “S”, provocada por um espartilho mais longo que forçava o corpo a ficar ereto e empurrava o busto pra frente e o quadril pra trás. A peça foi recomendada como mais saudável do que o corset que dava forma de ampulheta ao corpo, pois removia as pressões sobre o abdômen. A moda da época era ter cerca de 40 cm de cintura, para isso muitas mulheres retiravam as costelas flutuantes.
 

Ladies's Dress, c1900.


De dia as roupas cobriam todo o corpo exceto o rosto. As golas eram mantidas eretas com barbatanas rígidas. As saias eram lisas sobre os quadris e tinham formato de sino. 

Ladies's Dress, Stole and Hat, c1909.

 
Nos vestidos noturnos eram permitidos decotes que expunham colo e ombros.

 
O exagero e a ostentação reinavam em volumes excessivos, penas, rendas e pérolas, babados, plissados, bordados, lantejoulas, rufos e outros ornamentos. Chapéus imensos, enfeitados com penas, babados e flores artificiais, adornavam as cabeças, usados com coques.
 
Ladies' Directoire Costume, c1906.


Haviam os vestidos para o chá, que eram peças bem mais soltas (sem espartilhos) para serem usadas em casa.
Botas eram usadas para esconder totalmente as canelas. Também usavam sapatos com salto baixo em casa ou em bailes. O uso de meias calças, muitas delas rendadas, eram fundamental para esconder as pernas.

 
Em 1908, a silhueta feminina mudou, o busto não era tão empurrado pra frente e nem os quadris tão para trás. Vestidos estilo Império (diferentes dos de 1800) davam ilusão de estreitar os quadris, por isso eram muito usados em anúncios de corsets. Os corsets quase chegavam aos joelhos, com a intenção de a silhueta parecer mais alongada.


 
Começou-se a dar importância a peças com cortes masculinos, pois as mulheres estavam entrando no mercado de trabalho e aparecendo em público socialmente. Iniciou-se então o uso de duas peças, uma delas o Tailleur, que passou a ser usado no dia-a-dia e era composto pela saia justa e longa e o casaco do mesmo tecido.


Surgiram roupas com influência do sportwear, já que era moda fazer atividade física: saias-calça bufantes (bloomers) e roupas de banho em lã que cobriam tronco e pernas.
Em 1910, aconteceu uma mudança radical na moda. Estilistas como Paul Poiret, Madeleine Vionnet e Coco Chanel foram alguns dos responsáveis pelo banimento dos corsets. As saias adquiriram drapeados suaves e ficaram estreitas na barra, se afunilaram ao ponto de cada passo feminino ser de 5 a 8 centímetros. Influenciadas pelas histórias de Sherazade, todas queriam parecer escravas de um harém oriental. O adorno não era a mais a renda e sim botões em todo e qualquer lugar.
 
Em 1913, outra mudança aconteceu: as golas não chegavam mais até as orelhas, havia o decote em V, que foi um escândalo, pois era uma exibição indecente e os médicos diziam fazer mal para a saúde. Em 1914, sobre a saia comprida e justa nos tornozelos, usava-se outra saia, como uma túnica, logo abaixo dos joelhos. Então a primeira guerra começou. Os tempos difíceis não permitiam extravagâncias, as roupas deveriam ser práticas, simples e sérias, em tecidos como flanela e algodão, baratos e duráveis. A mulher passou a trabalhar, usar uniformes e as roupas passaram a ser um pouco como conhecemos hoje: práticas e simples.


Moda Masculina
A silhueta era longa e atlética. As calças eram curtas e estreitas. Os jovens usavam-na com a bainha virada e com vincos na frente, já que a máquina de prensar calças acabara de ser inventada. Os colarinhos eram engomados e muito altos, retos em volta do pescoço. Os cabelos eram curtos quando usavam barbas, e elas eram menos pontudas que na Era Vitoriana e os bigodes, enrolados. Formalmente era usado sobrecasaca, terno e cartola. Chapéus coco eram usados com terno e chapéus de palha em ocasiões informais. À noite, fraque em tons escuros com colete, gravata borboleta branca e uma camisa com colarinho alto. Nesta época, os sapatos em estilo oxford foram introduzidos.
   



Dicas de Filme:


Titanic (1997)

Jack Dawson (Leonardo DiCaprio) é um jovem aventureiro que, na mesa de jogo, ganha uma passagem para a primeira viagem do transatlântico Titanic. Trata-se de um luxuoso e imponente navio, anunciado na época como inafundável, que parte para os Estados Unidos. Nele está também Rose DeWitt Bukater (Kate Winslet), a jovem noiva de Caledon Hockley (Billy Zane). Rose está descontente com sua vida, já que sente-se sufocada pelos costumes da elite e não ama Caledon. Entretanto, ela precisa se casar com ele para manter o bom nome da família, que está falida. Um dia, desesperada, Rose ameaça se atirar do Titanic, mas Jack consegue demovê-la da ideia. Pelo ato ele é convidado a jantar na primeira classe, onde começa a se tornar mais próximo de Rose. Logo eles se apaixonam, despertando a fúria de Caledon. A situação fica ainda mais complicada quando o Titanic se choca com um iceberg, provocando algo que ninguém imaginava ser possível: o naufrágio do navio.










Nenhum comentário:

Postar um comentário